Quase quatro meses depois do naufrágio do "Costa Concórdia", a companhia italiana Costa Cruzeiros, ou "Costa Crociere", inaugurou um cruzeiro gigante neste sábado em Veneza, o "Costa Fascinosa".
A empresa, número um deste tipo de turismo na Europa e líder mundial na construção destes barcos, apresentou, segundo um comunicado, "a nova joia dos mares, orgulho do ′made in Italy`".
Outro cruzeiro desta companhia, o "Costa Concórdia", chocou-se contra uma rocha no dia 13 de janeiro ante a ilha de Giglio na Toscana, causando 32 mortes. No momento do acidente, o navio transportava 4.229 pessoas, entre elas 3.200 turistas e mil tripulantes.
Um acidente como esse "não deveria ter ocorrido, e não voltará a ocorrer", afirmou nesta sábado na cerimônia de inauguração do novo cruzeiro o presidente da companhia, Pier Luigi Foschi.
Foschi destacou em um comunicado que apesar do naufrágio, "o volume de reservas voltou aos mesmos níveis que no ano passado na mesma época".
O ministro italiano de Turismo, Piero Gnudi, elogiou este tipo de turismo, classificado por ele como um "ponto de encontro na Itália de duas excelências, a da qualidade e o estilo tipicamente italiano, e a da indústria naval".
O "Costa Fascinosa", de 290 metros de comprimento e 35,5 metros de largura, possui uma capacidade máxima de 3.800 passageiros e 1.110 tripulantes e custou 510 milhões de euros.
Uma associação de Veneza protestou e anunciou que recolherá assinaturas para pedir a proibição imediata de embarcações de mais de 40.000 toneladas na lagoa da cidade.
As autoridades da cidade também se queixaram do incômodo causado pela passagem destes cruzeiros pelos monumentos célebres.
Em março, o governo italiano adotou um decreto pelo que proíbe os cruzeiros de se aproximar das costas para proteger as reservas naturais
Créditos de texto e imagem: AFP
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