O capitão da embarcação "Costa Concordia", Francesco Schettino, não concorda com sua demissão da empresa Costa Cruzeiros, que desligou o funcionário depois que, em 13 de janeiro, um acidente com o navio em questão causou a morte de 30 pessoas e deixou outras duas desaparecidas. Segundo a edição desta quarta-feira do jornal "La Repubblica", que cita fontes da companhia e o próprio advogado de Schettino, Bruno Leporatti, o capitão demitido foi comunicado sobre o desligamento da companhia no final de julho, mas considera que esta decisão não foi justificada e pede a readmissão, assim como os salários que não recebeu desde então. A Costa Cruzeiros considera que o agora ex-capitão violou as normas da empresa e de navegação na noite na qual o cruzeiro, que levava cerca de 4.200 pessoas, encalhou frente à ilha italiana do Giglio. Sobre a atuação de Schettino na noite do acidente, serão levados em conta as ordens que deu e as manobras irregulares que supostamente realizou, algo que será determinado no final do processo que foi iniciado pela Promotoria de Grosseto após o naufrágio.
Na audiência preliminar sobre o caso, fixada para segunda-feira no Tribunal de Grosseto, está previsto que os peritos apresentem seus relatórios técnicos sobre o navio e que deem conta dos dados da caixa-preta da embarcação, de onde esperam que sairão informações importantes como a mudança de rota do navio e se avisou a companhia sobre o incidente.
Além de Schettino, a Promotoria de Grosseto averigua sob as acusações de homicídio, naufrágio e abandono de navio, o segundo comandante, Ciro Ambrosio, e outros quatro oficiais: Andrea Bongiovanni, Roberto Bosio, Silvia Coronica e Salvatore Ursino. Os promotores analisam, além disso, três dirigentes da Costa Cruzeiros: o vice-presidente executivo de operações da frota, Manfred Ursprunger, assim como o chefe da Unidade de Crise, Roberto Ferrarini, e o superintendente da frota de navios, Paolo Parodi.
O capitão do navio, Schettino, está em liberdade desde 5 de julho, depois que a juíza Montesarchio decidiu substituir a detenção domiciliar ditada por ela mesma em 17 de janeiro, pela obrigação de permanecer submetendo-se a rotineiros controles no município de sua residência, Meta di Sorrento, do onde pode sair apenas com prévia autorização judicial.
Texto Copyright: Efe
Nenhum comentário:
Postar um comentário