Desde 17 de setembro que a maioria dos portos portugueses está paralisada devido à greve dos pilotos de barra, à paralisação dos estivadores e dos trabalhadores das administrações portuárias, que se foram sucedendo umas às outras, tendo sido retomada na terça-feira a paralisação dos pilotos da barra, que se prolonga até segunda-feira.
O presidente do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), João Carvalho, disse hoje à Lusa que 10 cruzeiros foram afetados pelas greves só no Porto de Lisboa, tendo sete sido cancelados, um adiado para outubro e dois encaminhados para o Porto de Leixões, não afetado pela paralisação.
Na quarta-feira, a Câmara Municipal de Portimão apelou ao ministro da Economia para que interviesse de modo a pôr fim às greves nos portos e disse que já foram canceladas seis escalas de cruzeiros naquela localidade do Algarve, com outras cinco em risco no prazo de uma semana.
“No conjunto tememos que venham a afetar 16 navios de cruzeiro”, afirmou à Lusa o vice-presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo, João Welsh, que colocou o impacto da situação na ordem dos “milhões de euros”.
De acordo com João Welsh, para os Açores não estavam previstas escalas de cruzeiros, enquanto o Porto do Funchal não terá sido afetado pela greve.
“Isto é muito mau não só pelo impacto, mas também pelas consequências nos portos nacionais a médio e longo prazo. As companhias de cruzeiro poderão retirar os portos portugueses da sua programação dos próximos anos”, alertou o vice-presidente da APAVT, que lembrou o crescimento sentido nesta vertente turística nos últimos anos.
Por outro lado, o presidente do IPTM referiu que este “é um setor normalmente com perturbações, em qualquer parte, por isso os armadores, ou grandes grossistas turísticos já sabem destas coisas”.
Créditos de texto: Diário Digital
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