domingo, 15 de janeiro de 2012

Especialistas questionam como transatlântico possa ter batido em rocha e naufragado

O Costa Concordia é um navio muito moderno. Pertence à Costa Cruzeiros, tem bandeira italiana e esteve no Brasil em 2009 e 2010. Especialistas questionam como um transatlântico com tantos recursos de navegação bateu em uma rocha e naufragou.

O Costa Concordia é da última geração de transatlânticos de turismo. Dependendo da época do ano, ele navega em regiões diferentes. O navio já fez cruzeiros na costa brasileira, inclusive para shows de Roberto Carlos. É uma embarcação luxuosa e moderna. O navio foi lançado ao mar há apenas cinco anos.
O Costa Concordia pertence a uma empresa tradicional italiana. Tem 290 metros de comprimento, o equivalente a três campos de futebol, e capacidade para quase 5 mil pessoas, entre passageiros e tripulantes. É um navio gigante. Ao todo, são 13 pavimentos. A empresa tem navios espalhados pelo mundo inteiro, inclusive no Brasil. Na tarde deste sábado (14), um deles deixou o Porto do Rio.
Os modernos navios de passageiros têm piloto automático via satélite, radares, sonares de última geração. Mesmo assim, a entrada em um porto ou a navegação em baías ou muito próximo da costa costumam ser momentos muito delicados. No Brasil, por exemplo, é exigida a presença de um prático, um profissional com conhecimento da navegação local. Esta também costuma ser uma prática internacional. Mas, ainda assim, os especialistas dizem que nessas condições o comandante nunca deve deixar o seu posto.
O ex-comandante da Marinha do Brasil, o almirante Roberto Guimarães Carvalho, estranha que um barco com tantos recursos de navegação tenha se envolvido nesse tipo de acidente. “Ele deve navegar por satélites, fazer todas as aplicações dele por cartas eletrônicas, principalmente no Mediterrâneo. Além disso, ele dispõe de radar, de ecobatímetro. Ou seja, ele tem todos os equipamentos que permitam fazer uma navegação totalmente segura”, afirma.
Para o engenheiro naval Carlos Daher Padovezi, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o mais provável é que tenha sido erro humano. “Acredito difícil ser erro de navegação por conta dos equipamentos existentes. Pode ter sido uma opção navegar por ali. Portanto, seria erro humano. Se aumenta o risco por conta de passar por trajeto não muito conhecido”, comenta.
O mar sempre foi local de muitas tragédias. Em 2006, um ferry boat egípcio naufragou no Mar Vermelho com 1,4 mil pessoas a bordo. Ao todo, 185 corpos foram retirados do oceano. Durante uma tempestade no Mar Báltico, em 1994, uma embarcação afundou matando mais de 850 pessoas.
A tragédia mais famosa da navegação está prestes a completar 100 anos. Em abril de 1912, o transatlântico Titanic bateu em um iceberg e naufragou. Ao todo, 1513 pessoas morreram. As informações são do G1.

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