quinta-feira, 8 de março de 2012

Empresas de cruzeiros esperam consolidar mercado em 2012, apesar da crise

As empresas de cruzeiros a operar em Portugal esperam uma estabilização do número de passageiros portugueses que este ano viajarão nos seus navios face a 2011, apesar da recessão económica que o país atravessa.


"Nos últimos três anos dobramos as vendas. É normal que as nossas expectativas sejam de consolidação, num momento em que a situação económica faz com que o comportamento do cliente esteja alterado", disse à agência Lusa Francisco Teixeira, diretor-geral da Melair, a representante da Royal Caribbean em Portugal.
No ano passado, 15 mil portugueses viajaram em cruzeiros da Royal Caribbean, um número que a empresa quer "estabilizar" em Portugal, pelo que está a apostar em "novas formas de abordagem ao consumidor e novos produtos", caso de navios dedicados à animação Dreamworks para viagens em família com crianças.
A maior parte dos clientes portugueses da Royal Caribbean escolhem cruzeiros pelo mediterrâneo (65 por cento).
Também a Pullmantur espera este ano "manter" os 14 mil passageiros portugueses que viajaram nos seus cruzeiros no ano passado, isto apesar de este ano a operadora ter menos navios a sair de Lisboa.
"Para este ano, já temos mais de 3500 passageiros reservados. Está dentro do ritmo de reservas de outros anos e, nesse sentido, as perspetivas são bastante boas", afirmou por sua vez Carlos Guarita, responsável pela Pullmantur Portugal.
O responsável destacou as novas ofertas da companhia para atrair turistas de cruzeiros, as rotas Fiordes do Norte e Capitais Bálticas, apesar de a maioria dos passageiros portugueses que viajam nesta operadora também preferirem destinos no Mediterrâneo.
Quanto aos reflexos nos seus negócios dos recentes acidentes com navios da empresa Costa Cruzeiros, ambos os responsáveis descartaram danos colaterais.
"A indústria dos cruzeiros é, no turismo, daquelas em que se tem verificado menos problemas. As pessoas têm a consciência de que é uma forma segura de fazer férias, não sentimos qualquer diferença", assegurou Carlos Guarita, da Pullmantur.
Uma posição partilhada por Francisco Teixeira, que garante que "não houve cancelamentos" nos cruzeiros da Royal Caribbean em função dos acidentes com a Costa Cruzeiros em Itália e nas Seychelles.
De acordo com dados das empresas do setor, em 2010, fizeram férias em cruzeiros cerca de 55 mil passageiros portugueses.

Créditos de texto: RTP/ Noticias

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